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Edifícios sustentáveis têm taxas de condomínio de 15% a 25% menores do que os prédios convencionais



Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com mais de 2 mil empreendimentos comerciais na cidade de São Paulo, edifícios sustentáveis têm uma reavaliação entre 4% e 8% por metro quadrado de aluguel

20-01-20


Os edifícios sustentáveis são cada vez mais comuns em novas construções brasileiras. E, de acordo com estudo realizado por dois pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), analisando mais de 2 mil prédios comerciais na cidade de São Paulo, esses edifícios têm uma reavaliação entre 4% e 8% por metro quadrado de aluguel. A taxa de vacância é de 28,6%, em comparação com 34,1% dos edifícios sem certificação verde.


Um dos requisitos dos edifícios sustentáveis é contar com sistema de painéis fotovoltaicos para a geração de energia solar. Além de ser limpa e renovável, a energia gerada pela fonte reduz significativamente os custos do condomínio com eletricidade. Dados da GBC Brasil apontam que os edifícios “verdes” têm taxas de condomínio de 15% a 25% menores do que os cobrados em edifícios convencionais.


O Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) é o “rótulo verde” mais reconhecido do mundo para a construção da sustentabilidade. No Brasil, desde 2007, o órgão de certificação é o GBC Brasil (Green Building Council), que já acumulou 1.400 inscrições e emitiu 552 certificados LEED nas áreas de comércio, indústria e serviços. A organização também emite três outras certificações internacionais: GBC Casa; Condomínio GBC; e GBC Brasil Zero Energy, ferramenta que visa alcançar o equilíbrio entre consumo e geração de energia.


Segundo a Engie, referência entre prestadores de serviços do segmento, com 2,5 mil clientes em todas as regiões do país, muitas construções com instalações de sistemas fotovoltaicos realizadas pela companhia em todo o país têm a certificação verde.


Um exemplo é a Dimas Volvo, prestes a obter o Leed, que será a primeira concessionaria, em Florianópolis, com a certificação. A empresa instalou sistema fotovoltaico na sua loja, pela subsidiária local da companhia francesa Engie, com capacidade de 34,56 kWp.


Já em Palhoça, cidade próxima de Florianópolis, a Pedra Branca Empreendimentos transformou uma fazenda familiar de 250 hectares, em um bairro planejado com o conceito de cidade criativa: a Cidade Universitária de Pedra Branca. A empresa também investiu R$ 130 mil, no final de 2016, em um sistema fotovoltaico instalado no topo do edifício que foi alugado aos Escritórios da Átrio, condomínio com 213 salas de compras e lojas. O equipamento com 31 kWp e distribuído em 99 módulos fotovoltaicos, gerando cerca de 38 mil kWh por ano.


Em Itajubá, Minas Gerais, foi inaugurado há um ano, o Cinema A do município, considerado o primeiro cinema brasileiro a obter o LEED. A construção contempla desde o uso de chuva e iluminação natural até detalhes como filtração da água utilizada na obra. O sistema tem uma potência de 123,75 kWp, e abastece mais da metade da energia consumida, gerando uma economia de quase R$ 150.000 (US$ 37.000) no primeiro ano de operação.


Por fim, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a primeira casa sustentável recebeu sua certificação em junho de 2019. A residência atende a diversas exigências do GBC Brasil, como o manejo da drenagem de águas pluviais, torneiras controladas pelo fluxo, paisagismo com espécies nativas, painéis de aquecimento solar e o uso de madeira certificada e medidor de dióxido de carbono.


O sistema tem capacidade de 2,16 kWp e uma geração média mensal de 273 kWh, garantindo uma economia entre 40% e 50% na conta de energia e um retorno sobre o investimento de até sete anos.


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